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ULS Oeste alarga a telereabilitação aos Centros de Saúde depois de registar bons resultados nos serviços hospitalares

Alargamento telereabilitacao 2024

A ULS - Unidade Local de Saúde do Oeste decidiu alargar a telereabilitação aos Cuidados de Saúde Primários, através dos Centros de Saúde, depois de considerar que o projecto foi um sucesso nos cuidados hospitalares. Em comunicado enviado ao ALVORADA, a instituição oestina do SNS - Serviço Nacional de Saúde, recorda que este serviço teve início em 2020, no Hospital das Caldas da Rainha, em plena pandemia, sob a supervisão da fisioterapeuta Leonor Adrião, com a parceira tecnológica Clynx Health, que continua agregada ao projecto.

De acordo com a ULS do Oeste, “trata-se de uma evolução natural do projecto que vai permitir a disponibilização a mais utentes, assim como abranger outro tipo de patologias”. A Unidade de Saúde Familiar (USF) Rainha D. Leonor, das Caldas da Rainha, será a primeira unidade dos Cuidados de Saúde Primários a dar continuidade a este projecto digital e inovador com a colaboração de duas fisioterapeutas. “Pela realização de sessões de fisioterapia assíncronas com a telereabilitação, neste conceito de gamificação permite melhores resultados em saúde, inclusive aumentar o número de utentes acompanhados em simultâneo, guardando-se a mão técnica dos fisioterapeutas para casos mais específicos, com dados estatísticos de um grau de motivação dos utentes de 84% e de satisfação 9/10”, regista o comunicado.  Este projecto de telereabilitação é aplicável a todas as idades, permitindo uma melhor conciliação da vida do utente com a intervenção terapêutica verificando-se ainda uma diminuição acentuada do absentismo laboral. 

A telereabilitação dispensa que os utentes façam a deslocação aos locais do tratamento, permitindo assim diminuir custos associados às deslocações, recursos humanos e materiais. A ausência de deslocação do utente, só na Unidade Hospitalar das Caldas da Rainha, permitiu até agora reduzir a pegada ecológica associada à prestação de cuidados de saúde, de cerca de 60.000 km, de acordo com uma estimativa da ULS do Oeste.

Ainda segundo a ULS do Oeste, “a criação deste valor institucional é reconhecida pelos diferentes prémios e publicações nacionais e internacionais, mas acima de tudo pela satisfação demonstrada pelos utentes”. A perspectiva 'OneHealth' do projecto defende a interconexão entre as pessoas e o ambiente com o foco numa saúde sustentável facilitadora do incremento ao acesso dos cuidados em fisioterapia, sublinha ainda a instituição. “Aumentar a capacidade de resposta ao acesso sempre aliada a uma prestação de cuidados de saúde personalizados, seguros, confiáveis, mas que paralelamente promove a literacia em saúde, torna a utente parte integrante e responsável pela sua recuperação”, evidencia a ULS do Oeste. O utente é acompanhado diariamente pelo fisioterapeuta na plataforma, com possibilidade de ajustar o plano terapêutico, de acordo com o feedback dado pelo utente. No final do plano de exercícios, o utente é reavaliado, para ajuste da decisão terapêutica ou alta, assim como para entrega do sensor de movimento à instituição.

A Unidade Local de Saúde do Oeste agrega, desde 1 de Janeiro, numa única entidade, o Centro Hospitalar do Oeste, o Agrupamento de Centros de Saúde do Oeste Norte e o Agrupamento de Centros de Saúde do Oeste Sul, integrando os concelhos das Caldas da Rainha, Óbidos, Bombarral, Peniche, Lourinhã, Cadaval, Torres Vedras, Sobral Monte Agraço.

Texto: ALVORADA com comunicado da ULS do Oeste
Fotografia: ULS do Oeste