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COVID-19: arranque das obras de requalificação da Linha do Oeste entre Sintra e Torres dependente da pandemia

Linha do Oeste

As obras de modernização da Linha ferroviária do Oeste, entre Sintra e Torres Vedras, foram adjudicadas pelo valor de 61,5 milhões de euros, mas o seu arranque é incerto devido à pandemia. A empreitada foi entregue ao Agrupamento Construções Gabriel A. S. Couto, S.A./M. Couto Alves, S.A./Aldesa Construcciones, S.A., informou a IP em comunicado. Fonte oficial deste organismo público, tutelado Ministério das Infraestruturas, disse à agência Lusa que a empreitada aguarda ainda pelo visto do Tribunal de Contas e poderá sofrer atrasos devido à situação pandémica causada pela Covid-19.

A linha vai ser electrificada e requalificada, num troço de 43 quilómetros de extensão, entre as estações de Mira Sintra/Meleças (Sintra) e de Torres Vedras. A empreitada contempla a criação de dois novos desvios para permitir o cruzamento de comboios sem necessidade de paragem, um deles entre a estação de Mira Sintra-Meleças e o apeadeiro de Pedra Furada e o segundo entre a estação da Malveira e o quilómetro 44,3 (a sul do Túnel da Sapataria, no Sobral de Monte Agraço).

Está também planeada a electrificação integral desse troço, a beneficiação de cinco estações e seis apeadeiros, a automatização e supressão de passagens de nível, a construção de nove passagens desniveladas, a reabilitação estrutural e rebaixamento da plataforma ferroviária para colocação da catenária nos túneis de Sapataria, Boiaca, Cabaço e Certã, a instalação da sinalização electrónica e das comunicações, assim como do sistema de retorno de corrente de tração e terras de protecção.

O projecto de modernização da Linha do Oeste, orçado no total em 150 milhões de euros, vai ser executado de forma faseada e dividido em duas empreitadas, uma entre Sintra e Torres Vedras e outra entre Torres Vedras e Caldas da Rainha, sendo que, para esta segunda fase, não foi ainda lançado o concurso público. O investimento é comparticipado por fundos comunitários, sendo a primeira empreitada financiada em 85% pelo programa COMPETE 2020.

A modernização da Linha do Oeste tem como principais objectivos melhorar a eficiência e competitividade do sistema ferroviário, através do aumento da capacidade, segurança e fiabilidade da exploração e reduzir os tempos de trajecto dos comboios. Os trabalhos terão início após obtenção do Visto Prévio junto do Tribunal de Contas e consignação oficial da empreitada.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Paulo Ribeiro/ALVORADA (arquivo)