Estação de Radar no Montejunto celebrou 70 anos e tem novo comandante
- Categoria: Oeste
- 20/07/2024 22:55
No dia em que celebrou 70 anos, realizou-se a Cerimónia de Dia de Unidade e de Rendição de Comandante da Estação de Radar N.º 3 (ER3), na Serra do Montejunto, numa cerimónia presidida esta sexta-feira pelo Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, general João Cartaxo Alves. Segundo informou a Força Aérea Portuguesa, tomou posse como Comandante da Unidade o major Fernando Leitão, substituindo nas mesmas funções a major Isadora Rua, que nesta ocasião foi homenageada com a medalha de Serviços Distintos - grau Prata.
Já investido como comandante da ER3, o major Fernando Leitão, no seu primeiro discurso nas novas funções militares, vincou “que de tudo faremos para o cumprir da missão que nos está acometida”. Durante a cerimónia houve lugar a uma homenagem aos militares e civis já falecidos que serviram naquela unidade, à rendição do porta-estandarte da Unidade e imposição de condecorações.
De acordo com a FAP, a Estação de Radar Nº 3 (ER3), “é um elemento de componente operacional do sistema de forças, da responsabilidade da Força Aérea, com a missão de garantir a prontidão dos meios de detecção e de comunicações integrados no sistema de comando e controlo aéreo”. Tem como competências manter, reparar e conservar todos os sistemas de vigilância e detecção, comunicações e electromecânicos sob a sua responsabilidade; proceder à conservação das infraestruturas e materiais atribuídos; e garantir o cumprimento das normas em vigor tendo em vista a segurança militar e defesa da Unidade.
Sobre a história da presença da FAP no ponto mais alto da região Oeste, que consta na sua página institucional, num território repartido pelos municípios do Cadaval e de Alenquer, os trabalhos de construção da primeira Estação de Radar da Força Aérea em Montejunto, foram iniciados em 1953, tendo entrado em regime experimental a 19 de Julho de 1954 com o radar móvel AN TPS 1D fabricado pela empresa norte-americana Wester Electric, e em funcionamento regular em 1955, conjuntamente com o Centro de Operações de Sector de Monsanto.
Posteriormente, em 1961, foi substituído o primeiro radar altimétrico por outro mais moderno e de maior alcance, acontecendo o mesmo ao radar planimétrico em 1965. Dez anos mais tarde, com a extinção do GDACI, a Esquadra de Detecção e Conduta de Intercepção Nº 11 (EDCI Nº 11), uma subunidade, transforma-se em Unidade, passando a depender directamente do Comando Operacional da Força Aérea em Monsanto e o COS transformou-se no Centro de Operações de Defesa Aérea. “Como o sistema começava a ficar obsoleto e inadequado aos novos requisitos de Defesa Aérea, no início dos anos 90 dá-se o início da implementação do Sistema de Comando e Controlo Aéreo de Portugal”, destaca a FAP.
Entretanto, e por despacho do Chefe de Estado-Maior da Força Aérea de 20 de Março de 1996, foi activado o Centro de Operações Aéreas Alternativo, que ocupa as instalações da EDCI Nº 11 e que tem por missão garantir a capacidade de operação como Centro de Reporte e Controlo Alternativo, a operacionalidade dos meios de detecção e vigilância, a conservação das instalações e a segurança militar e defesa imediata da Unidade. Na mesma data e pelo mesmo meio, foi desactivada a EDCI N.º 11.
Integrada no COAA, a ‘Stand Alone Control Facility’ tinha por missão, em tempo de paz, tensão ou guerra, a vigilância e detecção do espaço aéreo à sua responsabilidade, avaliação de possíveis ameaças, através da análise actual ou possível da actividade aérea inimiga, “providenciando os avisos aos escalões máximos da Defesa Aérea e a descolagem, controlo e recolha dos meios e missões de Defesa Aérea atribuídos dentro do seu espaço aéreo”. A 28 de Fevereiro de 2003, por despacho do Chefe de Estado-Maior da FAP, foi desactivada a SACF e extinto o COAA, “dando início a uma transição faseada para a Estação de Radar N.º 3, sendo a sua herdeira patrimonial e histórica”.