Pesquisa   Facebook Jornal Alvorada

Assinatura Digital

Assembleia Municipal do Bombarral aprova moção que defende a construção urgente no concelho do novo Hospital do Oeste

novo hospital oeste

A Assembleia Municipal do Bombarral aprovou esta noite, por unanimidade, uma moção que defende a construção urgente do novo Hospital do Oeste no concelho, tal como ficou decidido pelo anterior Governo, em terrenos da edilidade na Quinta do Falcão cedidos gratuitamente para o efeito. O documento, intitulado ‘Novo Hospital do Oeste: uma infraestrutura necessária para a região’, foi subscrito por todas as forças partidárias representadas neste órgão, cuja sessão descentralizada decorre no Pó.

De acordo com a moção, “um hospital para servir todo o Oeste deve ser construído no centro dos 12 municípios representados pela OesteCIM [Comunidade Intermunicipal do Oeste] e numa zona servida pela A8”, defendendo ainda os autarcas que “esta situação foi estudada pela própria OesteCIM e mais recentemente, em Junho do ano passado, pelo Governo, tendo ficado aprovada a localização do hospital no Bombarral e o seu respectivo perfil assistencial, faltando ainda o estudo do seu modelo de financiamento”.

Para os autarcas bombarralenses, “o novo Hospital do Oeste é uma infraestrutura urgente na região para prestar um serviço de saúde pública com qualidade e com capacidade de resposta a todos os oestinos e para proporcionar melhores condições de trabalho para os profissionais de saúde, facto que resultará num contributo decisivo para a melhoria dos índices de qualidade de vida da região Oeste, que tem grandes carências na área da saúde”. E acrescentam que os actuais hospitais do Centro Hospitalar do Oeste - Torres Vedras, Caldas da Rainha e Peniche - “não conseguem responder às necessidades dos utentes desta região, apesar do enorme esforço de todos os intervenientes”. “Este é um dos investimentos nacionais que constam na pasta de transição do anterior Governo para o actual Governo desta legislatura que merece a maior atenção e seguimento das decisões já concluídas”, concluem os eleitos da Assembleia Municipal do Bombarral. 

O líder da bancada socialista foi o único a usar da palavra para esclarecer que esta moção está a ser votada em várias assembleias municipais oestinas, com uma diferença em relação à moção aprovada pela Assembleia Intermunicipal do Oeste, tendo sido introduzido especificamente o nome do concelho bombarralense para acolher o investimento público hospitalar. “Para haver consenso e ser aprovada por unanimidade (…) retirou-se o nome do Bombarral para não criar 'urticária' a Caldas da Rainha e Óbidos”, precisou Luís Camilo Duarte, adiantando ainda que, mesmo assim, “defendeu-se o respeito pelos estudos efectuados e pelas decisões da OesteCIM”.

Presidida pelo social-democrata Élio Leal, foi deliberado remeter a moção aprovada pela Assembleia Municipal do Bombarral à Assembleia Intermunicipal da OesteCIM, ao Primeiro Ministro, Luís Montenegro, à ministra da Saúde, Ana Paula Martins, à Comissão de Saúde da Assembleia da República, ao presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar Branco, e aos grupos parlamentares.

Em causa está o facto do novo Governo ainda não ter confirmada ainda a construção do novo Hospital do Oeste e, concretamente, a sua localização no Bombarral, que é contestada pelos municípios das Caldas da Rainha e Óbidos, que defendem a sua edificação na confluência dos seus concelhos, contrariamente ao que defende o estudo encomendado pela OesteCIM à Universidade Nova de Lisboa. O Ministério da Saúde liderado por Ana Paula Martins já veio a público esclarecer que está a avaliar o processo que herdou do anterior Governo socialista e “encara este projecto como muito relevante para toda a região e irá dar-lhe toda a prioridade que ele merece”.

Texto: ALVORADA
Fotografia: Paulo Ribeiro/ALVORADA (arquivo)