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Professores das escolas do concelho da Lourinhã aderiram ao movimento nacional de protesto

Escola Ribamar protesto 2023 1

Centenas de professores, auxiliares e até alunos concentraram-se hoje em frente a escolas por todo o país e há estabelecimentos fechados “do Minho ao Algarve”, disseram à Lusa fontes sindicais.

No concelho Lourinhã, meia centena de professores, filiados de vários sindicatos, concentrou-se à frente da Escola Secundária Dr. João Manuel Delgado, onde a adesão à greve foi de cerca de 70%, de acordo com os números apurados pelo estabelecimento. Cláudia Teixeira, professora de geografia há 23 anos, aderiu por ser contra o sistema de avaliação dos docentes, a municipalização dos concursos e a não progressão da carreira. Às reivindicações da colega, Luís Gonçalves, professor de filosofia há 25, junta a não reposição do tempo de serviço congelado no passado e a burocracia existente, que o leva a afirmar que hoje “os professores não têm tempo para preparar aulas”. Houve também idênticos momentos de luta na Escola E. B. 2, 3 Dr. João das Regras e na Escola E. B. de Ribamar.

Em Torres Vedras, centena e meia de professores formou hoje de manhã um cordão em frente ao Agrupamento de Escolas Madeira Torres. Rita Sammer, directora do agrupamento, disse à agência Lusa que a adesão à greve aos primeiros tempos lectivos da manhã foi de cerca de 60%, tendo deixado muitos alunos sem aulas e à porta.

Temos informação de que há várias escolas encerradas do Minho ao Algarve”, disse à Lusa a dirigente Carla Piedade do Sindicato de Todos os Professores (STOP), quando participava hoje de manhã numa concentração junto ao Agrupamento de Jardins de Infância e Escolas Professor Galopim de Carvalho, em Pombal. Desde 9 de Dezembro que está em curso uma greve por tempo indeterminado convocada pelo STOP, que já entregou pré-avisos de greve para todo o mês de Janeiro, à qual se juntaram a 4 de Janeiro os trabalhadores não-docentes.

O Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE) também iniciou na semana passada uma greve parcial ao primeiro tempo de aulas, que se vai prolongar até Fevereiro. As greves do pessoal docente e não-docente afectam “quase todos os concelhos do país”, com muitas escolas totalmente encerradas ou actividade apenas a tempo parcial, disse à Lusa Pedro Xavier, também do STOP. “É um pouco difícil indicar os números, porque dependemos da comunicação das escolas. No entanto, através de uma amostra dá para perceber que em quase todos os concelhos do país há escolas encerradas ou trabalhadores a fazer greve a tempo parcial, em que as atividades não decorrem por inteiro. Há inclusive concelhos que fecharam na totalidade, alguns por vários dias e até um mês, inclusive”, afirmou.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Direitos Reservados