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Covid-19: empresários agrícolas da Lourinhã sensibilizados para a prevenção da pandemia

reuniao covid CML

Os empresários agrícolas foram convidados a participar, ao fim da tarde de ontem, numa sessão informativa e de sensibilização no âmbito da prevenção da Covid-19, tendo estado presentes alguns dos gestores das maiores empresas agrícolas do concelho, segundo revelou em comunicado o Município da Lourinhã. O encontro, que decorreu à porta fechada o Salão Nobre dos Paços do Município, foi promovido pelo Serviço Municipal de Protecção Civil, em articulação com a autoridade de saúde local, onde foram abordadas algumas questões relacionadas com medidas de higiene e regras especiais a observar nos trabalhos agrícolas.

Tanto para os gestores das explorações como para os trabalhadores, que devem adoptar cuidados especiais de modo a minimizarem os contactos interpessoais de forma a evitar a propagação do novo coronavírus. “De entre algumas das medidas destacam-se o uso de vestuário e calçado próprio para o trabalho, a lavagem frequente das mãos ou uso de luvas descartáveis, a utilização de máscara de protecção e não tossir, não fumar e não espirrar sem protecção, nomeadamente quando manuseiam os produtos”, refere a autarquia.

Os gestores das empresas agrícolas devem ter em conta as seguintes regras de higiene no local de trabalho: desinfecção da viatura de transporte, pelo menos uma vez por dia, higienização e desinfecção dos equipamentos agrícolas antes e após o trabalho, preferência de uso de materiais descartáveis, utilizar sempre as mesmas ferramentas de trabalho (tesoura de poda, pulverizador, etc) e a empresa deve dispor de um termómetro que terá de ser desinfectado após cada utilização. Foi ainda reforçado que as empresas devem ter afixados os avisos da DGS - Direcção-Geral da Saúde e explicar o conteúdo aos trabalhadores, conter um plano de contingência e um protocolo de actuação, disponibilizar sabão, desinfectante e toalhas descartáveis. Em relação ao transporte de trabalhadores deve ser evitada a sobrelotação, o uso de máscara durante o transporte e a higienização das mãos antes e após a viagem são obrigatórios.

“Estamos a trabalhar com outras entidades, como é o caso da Louricoop, para chegar posteriormente aos agricultores com explorações de pequena e média dimensão”, destacou uma fonte municipal ao nosso jornal.

Recorde-se que a sede da OesteCIM - Comunidade Intermunicipal do Oeste foi palco, no passado dia 9, de uma reunião para definir a estratégia de minimização da Covid-19 nas fileiras agroalimentares. O encontro reuniu, nas Caldas da Rainha, os autarcas oestinos com a ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, o secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, Nuno Russo, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, e o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo. Juntaram-se também ao encontro os presidentes da CIM de Leiria, da CIM da Lezíria do Tejo e da CIM do Médio Tejo. Estiveram ainda presentes representantes do Ministério da Agricultura, nomeadamente os directores DRAP Centro e Lisboa e Vale do Tejo, bem como do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e da Protecção Civil.

Em comunicado, o presidente do Conselho Intermunicipal da OesteCIM, Pedro Folgado, sublinha que “a fiscalização e a coordenação com autarquias, entidades locais e produtores são as apostas para minimizar os riscos de propagação da Covid-19 das campanhas da fruta no Oeste”.

O guia de boas práticas que dá orientações aos produtores, mas também aos embaladores, e que deve ser seguido ao detalhe durante as campanhas da apanha da fruta foi apresentado como “documento pilar” para o sucesso. O guia, elaborado pela Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária e pela Direcção-Geral da Saúde, determina as medidas a tomar por produtores e entidades locais e regionais para prevenir o máximo de riscos nas fileiras do setor agrícola.

Nesta reunião, foi delineado com os presidentes de câmara aquilo que são os procedimentos que se devem adoptar, na articulação com as diferentes entidades e o Governo, especialmente quanto à mobilidade de trabalhadores, como sendo “uma questão muito importante”. Ficou também definido todos os cuidados que devem existir, sinalizando que as situações que possam suscitar maiores riscos, possam ser analisadas de forma pró-activa e, a partir daí, tomar todas as medidas necessárias, nomeadamente a realização de testes.

Segundo Pedro Folgado, “a fiscalização preventiva das condições em que são desenvolvidas as actividades agrícolas é a estratégia de base para o sucesso que contará certamente com a disponibilidade dos nossos empresários do sector, para se efectivar o estrito cumprimento no definido pelo normativo da DGS”. Para o responsável da OesteCIM, “o sucesso de uns será o sucesso de todos para que o Oeste, uma vez mais, possa ser uma região de excelência na promoção dos seus produtos alimentares. Acreditamos, assim, que vai correr tudo bem”.

Texto: ALVORADA
Fotografia: CML