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DIÁSPORA-COVID-19: testemunho do casal Mara Nascimento de Pregança e Célio Mendes da Ribeira de Palheiros, residente no Luxemburgo

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Como está a viver a Diáspora da Lourinhã este novo tempo, em que o centro das atenções é a pandemia da Covid-19? O ALVORADA iniciou a partilha de testemunhos de vida dos emigrantes lourinhanenses que se encontram espalhados pelos quatro cantos do mundo.

Neste tempo difícil que todos atravessamos, com uma pandemia que reduz ao máximo o contacto entre todos, queremos desta forma manter bem vivo o que nos une. Queremos contribuir para que quem esteja longe, fique mais perto de nós, na Lourinhã.

Partilhe e, caso tenha algum familiar e amigo que queira que o contactemos, para aqui deixar o seu testemunho, envie-nos mensagem pelo nosso Facebook ou para o endereço electrónico Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar..

Fique em segurança. Cuide de si e dos outros!

Este 39º testemunho é do casal Mara Nascimento de Pregança e Célio Mendes da Ribeira de Palheiros, residente em Pétange, no Luxemburgo. Emigrados há 14 anos, têm duas filhas, a Ariana de 11 anos e a Áurea de 6 anos. Célio Mendes trabalha no consulado português e Mara Nascimento é assistente parental.

Estamos em casa como todos. Ao princípio aqui os casos aumentaram muito mas agora têm estado a reduzir de dia para dia. Para a dimensão do país há muitos mortos e estamos preocupados com o futuro, principalmente das nossas filhas. Elas e eu só saímos de casa uma vez por semana para ir às compras e quando é mesmo necessário. O que nos vale é que temos casa com jardim e temos aproveitado o tempo que tem estado bom.

As nossas filhas têm deveres todos os dias. A mais velha recebe os trabalhos diariamente no telemóvel para fazer e enviar nesse mesmo dia e a mais nova recebe por correio. Aqui no Luxemburgo as pessoas estão a começar a retomar os trabalhos. O meu marido trabalha no consulado português e tem feito teletrabalho mas entretanto vão começar a trabalhar com as devidas medidas necessárias. Eu à partida também começo dia 25 de Maio, o mesmo dia que o Governo quer que as escolas comecem a funcionar, ou seja, no dia que as minhas filhas vão voltar à escola será uma semana de escola e outra em casa, pois vão dividir as turmas a meio para não estarem todos juntos e é disso que tenho muito receio.

Sabemos que temos de voltar à nossa vida e aprender a conviver com a Covid-19 mas são crianças e não têm tanta noção das coisas e vão esquecer-se assim que virem os amigos porque têm saudades de brincar com eles. Já estamos todos um pouco cansados de estar fechados, principalmente as meninas mas aproveitamos para estar em família todos juntos e estamos bem. Isso é o mais importante e falamos com a família todos os dias pela internet. É o bom do avanço da tecnologia.