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COVID-19: Museu da Lourinhã de portas fechadas foi obrigado a recorrer a ‘lay-off’

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Confrontada pelas situações criadas pela pandemia da Covid-19 e pelo Estado de Emergência, a direcção do Grupo de Etnografia e Arqueologia da Lourinhã (GEAL), associação que tutela o Museu da Lourinhã, decidiu encerrar ao público a 14 de Março, por tempo indeterminado. A instituição lourinhanense não escapou à crise criada pela pandemia, defrontando-se com um rol de dificuldades que a obrigou a avançar para o ‘lay-off’, a 6 de Abril.

Numa carta aberta enviada aos seus associados e partilhada nas redes sociais, a direcção do GEAL afirma que “a união de todos é fundamental para superar as dificuldades que enfrentamos”. É por isso que “vimos apelar ao seu imprescindível apoio ao Museu da Lourinhã, que se pode traduzir por diferentes acções. Propomos algumas, mas estamos receptivos a outras que queira sugerir”, adianta a direcção da associação.

Uma das acções propostas apela à população que contribua, sem qualquer custo individual, com 0,5% do seu IRS para a instituição (Modelo 3/ Quadro 11/ Campo 1103 - Instituições Culturais com Estatuto de Utilidade Pública - NIF 501 419 500). As outras acções incidem em cativar mais associados (mais informações em http://museulourinha.org/geal/o-geal/associados/); na regularização de quotas por parte dos associados que se atrasaram no seu pagamento (entrar em contacto com This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it.); e pela aquisição de artigos da loja do museu, através de encomendas por e-mail, referentes a peças das diferentes colecções e a produtos locais, como por exemplo, Aguardente da Lourinhã, chocolates, doces de fruta e conservas de peixe. O catálogo de artigos pode ser consultado na página de Facebook da instituição (https://www.facebook.com/museudalourinha/ - ver ‘Fotos, ‘A nossa loja’).

Em declarações ao ALVORADA, a presidente da direcção, Lubélia Gonçalves, destaca, a propósito, que “fruto da crise em que nos encontramos por causa da Covid-19 e por orientação da Direcção-Geral de Saúde, fechámos o Museu da Lourinhã. Porta fechada não entram pessoas e não entra mais nada, como é natural, mas no fim do mês temos os compromissos para cumprir e honrar”. Deste modo, foi então decidido recorrer ao ‘lay-off', um mecanismo que o Governo colocou ao dispor das organizações para fazer face a esta situação extraordinária em que o país se encontra. Foram, então, suspensos os contratos de trabalho dos cinco funcionários, de forma total, e de um outro trabalhador, apenas de modo parcial.

Segundo Lubélia Gonçalves, trata-se de uma crise “completamente inesperada” de grande dimensão e “temos que aprender a lidar com uma situação em que a imprevisibilidade é um factor constante”. Para enfrentar o problema, segundo esclarece a responsável, “munimo-nos de uma grande serenidade, tentando ter uma capacidade de leitura o mais correcta possível dos acontecimentos e uma flexibilidade muito grande para nos irmos adaptando à evolução de acontecimentos que são totalmente desconhecidos e imprevisíveis”.

Sem data ainda para voltar a funcionar dentro da normalidade, o GEAL espera reabrir o Museu da Lourinhã logo que haja autorização do Estado.

Texto e fotografia: Sofia de Medeiros/ALVORADA (arquivo)