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DIÁSPORA-COVID-19: testemunho de Alex Fernandes, de Ribamar, residente no Canadá

alexfernandes

Como está a viver a Diáspora da Lourinhã este novo tempo, em que o centro das atenções é a pandemia da Covid-19? O ALVORADA iniciou a partilha de testemunhos de vida dos emigrantes lourinhanenses que se encontram espalhados pelos quatro cantos do mundo.

Neste tempo difícil que todos atravessamos, com uma pandemia que reduz ao máximo o contacto entre todos, queremos desta forma manter bem vivo o que nos une. Queremos contribuir para que quem esteja longe, fique mais perto de nós, na Lourinhã.

Partilhe e, caso tenha algum familiar e amigo que queira que o contactemos, para aqui deixar o seu testemunho, envie-nos mensagem pelo nosso Facebook ou para o endereço electrónico Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar..

Fique em segurança. Cuide de si e dos outros!

Este 27º testemunho é de Alex Fernandes, de Ribamar e residente perto das Cataratas do Niagara, no Canadá. Emigrado há 45 anos, Alex Fernandes tem 61 anos, mora sozinho e é piloto reformado da Real Estate.

Estive algum tempo na Costa Rica. Aparentemente o vírus não gosta de climas quentes e pensei sentir-me mais seguro. Havia poucos casos em San José, a capital que está a 5 horas de distância de carro do local onde estive. A situação no Canadá não está boa, apesar de termos um excelente Serviço Nacional de Saúde no país. O sistema não consegue gerir tanta gente e por isso muitas pessoas estão a ser ignoradas por outros motivos de saúde.

O Governo canadiano acabou por tomar medidas mais drásticas e activar regras rigorosas, como fechar as fronteiras, cancelar voos e impedir que todos os estrangeiros não-residentes voltem de novo a entrar no país. Isto irá limitar o crescimento que está neste momento a ocorrer.

Regressei entretanto ao Canadá, país onde me sinto mais seguro neste momento mas onde agora me sinto preso... e só porque não é o meu país natal. Saudades do meu país natal, Portugal, que não posso visitar agora e nem sei quando ainda.

Para todos os que me conhecem de Portugal que sejam felizes, alegres e desfrutem o país onde nasceram pois nada pode substituir o ninho onde se nasceu. Apesar de tudo, este vírus afectou todo o mundo e se temos que passar por isto, porque não passar no país que nos traz conforto ‘paterno’.