Casa de Repouso de Santa Bárbara defende-se de acusações anónimas de maus-tratos
- Categoria: Lourinhã
- 20/09/2024 15:30
Através de uma carta anónima que está a ser distribuída no concelho da Lourinhã, a Casa de Repouso de Santa Bárbara está a ser acusada de maus-tratos psicológicos aos seus utentes da Unidade de Cuidados Paliativos. Ao ALVORADA, a presidente do conselho de administração rejeita liminarmente as acusações e garante que o que é referido no documento, alegadamente escrito por funcionários e ex-funcionários, não corresponde “nem à realidade, nem à verdade” e coloca em causa cerca de 75 colaboradoras “que desempenham as suas funções de forma dedicada, profissional e humana todos os dias do ano”, refere Isabel Beltrão.
Na missiva distribuída, a que o nosso jornal teve acesso, é referido que são funcionários e ex-funcionários da instituição, que não dão a cara com medo de represálias, que acusam a Casa de Repouso de “falta de respeito pelo sofrimento, angústia, dignidade, dos doentes na fase terminal da sua vida por parte da doutora (…) e por alguns funcionários”. É ainda relatado que a maioria das famílias não se apercebe do que se passa. “Alguns dão-se conta, no entanto, só de algumas coisas, o suficiente para ficarem revoltados, só que não os levam para a sua moradia porque são informados que só aqui podem levar certos tratamentos, nomeadamente morfina injectável”.
Para os denunciantes, ao contrário das boas práticas que são transcritas por obrigação no Manual de Acolhimento e entregue às famílias, “aqui só se cumpre e muitíssimo mal os cuidados essenciais, nem a comida é digna para estes doentes. Aqui não se respeita a dignidade humana do doente, não se dá conforto, não se dá apoio moral, religioso”.
Não se revendo nestas acusações, Isabel Beltrão, em nome do conselho de administração, agradece a todas as famílias “a confiança que depositam no nosso trabalho e que nos agradecem diariamente pela dedicação e pelos cuidados prestados por toda a equipa multi e interdisciplinar”. A responsável adianta ainda que, “mesmo sendo sobejamente conhecidos e visitados diariamente todos os dias do ano”, estão disponíveis para receber “todos aqueles que nos queiram visitar e conhecer o nosso trabalho”, concluiu a responsável ao nosso jornal.