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Câmaras da Lourinhã e Bombarral querem via alternativa à estrada em risco de derrocada entre Casal da Cotovia e Casal Novo

Camara do Bombarral CMB

As Câmaras Municipais do Bombarral e da Lourinhã acordaram investir numa via alternativa à estrada intermunicipal em risco de derrocada que atravessa as localidades de Casal da Cotovia (Bombarral) e Casal Novo (Lourinhã), disseram hoje fontes autárquicas. Esta estrada faz ligação entre a freguesia da Moita dos Ferreiros e a freguesia do Vale Côvo. As duas autarquias decidiram efectuar “com urgência” melhoramentos na Rua do Pinheiro e avançar com expropriações nos locais da via que precisa de ser alargada para permitir a circulação de dois pesados em simultâneo, disseram à agência Lusa a vereadora das Obras do Município da Lourinhã, Carla Custódio, e fonte oficial da Câmara Municipal do Bombarral.

Nas assembleias municipais da Lourinhã e do Bombarral realizadas no mês passado, o presidente da Junta de Freguesia da Moita dos Ferreiros, Rui Perdigão, insurgiu-se contra o corte de trânsito a pesados decidido pela Câmara do Bombarral na estrada em risco de derrocada entre o Casal da Cotovia e o Casal Novo. “Vamos analisar a situação e encontrar uma solução com a Câmara do Bombarral. Não concordo com a interdição a pesados”, afirmou por seu lado o presidente da Câmara da Lourinhã, João Duarte Carvalho. Já na Assembleia Municipal do Bombarral, o presidente da câmara, Ricardo Fernandes, justificou que “é impossível fazer a intervenção na estrada” em derrocada por custar 640 mil euros. Em alternativa, interditou a via para salvaguardar a segurança de pessoas e bens de uma eventual derrocada e ponderou a construção de uma estrada alternativa. O autarca moitense alertou à Lusa que sete empresas aí localizadas estão a ser prejudicadas, por não terem alternativa para fazer circular veículos pesados, e ameaçam deslocalizar-se.

Tal como revelámos ontem à noite, a Assembleia de Freguesia da Moita dos Ferreiros decidiu, por unanimidade, “mandatar o executivo para exercer todos os esforços, por todos os meios legais, políticos, administrativos e, se for necessário judiciais, de forma a inverter a situação de bloqueio de acesso do sul da freguesia à estrada nacional 361”, lê-se na deliberação. A assembleia recomendou ao executivo contestar a legalidade da proibição da via a veículos pesados junto das entidades competentes e solicitar um compromisso de alternativa “calendarizado” da câmara da Lourinhã que permita a mobilidade de pessoas e bens.

Recorde-se que a Câmara Municipal do Bombarral efectuou várias obras de drenagem, reposição do pavimento e asfaltamento da via em causa, que acaba sempre por ceder. Desde o ano passado que Rui Perdigão tem vindo a alertar para o “risco de derrocada” da estrada, levando a Câmara do Bombarral a comprometer-se com o estudo geotécnico e a analisar eventuais obras a fazer. Após o estudo geotécnico e um estudo prévio do projecto de reabilitação, a autarquia quantificou em 640 mil euros o custo da intervenção na estrada em risco de derrocada. O autarca explicou que a via, construída sobre uma encosta com cerca de sete metros de altura, já teve vários desabamentos, tendo em conta o “tráfego elevado de pesados”, com “200 a 300 passagens por dia”, e os problemas de falta de drenagem das águas.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Paulo Ribeiro/ALVORADA (arquivo)