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Trabalhadores da ESIP, maior conserveira de peixe de Peniche, em greve na segunda-feira

industria conservas peixe CGTP

Os trabalhadores da ESIP, a maior fábrica de conservas de peixe de Peniche, vão estar em greve na segunda-feira a reivindicar, sobretudo, por aumentos salariais, informou hoje o SINTAB. A ESIP - European Seafood Investment Portugal é uma fábrica que pertence à multinacional Thai Union.

No pré-aviso de greve do SINTAB - Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias da Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal, é referido que a greve na European Seafood Investments Portugal (ESIP) decorre entre as 00h00 e as 24h00 de segunda-feira, abrangendo todos os trabalhadores.

Os trabalhadores reivindicam por 15% ou o mínimo de 150 euros de aumentos salariais, redução do horário de trabalho das 40 para as 35 horas de trabalho, implementação do sistema de diuturnidades e aumento de 22 para 25 dos dias de férias, afirmou a trabalhadora e dirigente do SINTAB Mariana Rocha à agência Lusa.

Os trabalhadores voltam a lutar pela renegociação do contrato colectivo de trabalho (CTT), que dizem que não é revisto desde 2017.

Mariana Rocha explicou que, apesar de cada operário trabalhar oito horas diárias, “a jornada de trabalho prevista no actual CTT é das 7h00 às 20h00, mas a empresa não o cumpre”, criando turnos, e não querendo aplicar quaisquer aumentos salariais enquanto estes não aceitarem aumentar a jornada das 6h00 às 22h00”. “Numa fábrica em que a maioria dos trabalhadores são mulheres é muito desestabilizador e os trabalhadores não estão disponíveis para perder esse direito e para aceitar, porque querem é a redução e não o aumento da jornada de trabalho”, acrescentou.

A ESIP, a maior fábrica de conservas de peixe de Peniche e uma das maiores do país, possui cerca de 800 trabalhadores, dos quais 200 são temporários.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Direitos Reservados