Trabalhadores cristãos querem “trabalho digno” para promover justiça social
- Igreja
- 06/10/2024 17:20
Os trabalhadores cristãos defendem que “a promoção da justiça social e de uma economia para a vida (…) só é possível se todos os homens e mulheres tiverem acesso a um trabalho digno”.
Numa mensagem para o Dia Mundial pelo Trabalho Digno, que se assinala esta segunda-feira, o Movimento Mundial dos Trabalhadores Cristãos (MMTC) adianta que o trabalho digno implica “emprego com uma remuneração adequada (…), segurança no trabalho e condições laborais saudáveis”. “As tendências da actual situação política mundial parecem querer ignorar os pequenos contributos e os passos conquistados até agora no âmbito dos direitos e liberdades pessoais. A crescente ascensão e tentativas de chegar ao poder dos partidos da extrema-direita constituem uma ameaça sem precedentes para os valores da democracia, o Estado de direito, a igualdade e a justiça”, adianta o comunicado daquela organização que integra, em Portugal, a Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC).
Segundo o MMTC, “as pessoas que, por diversas razões, só podem trabalhar parcialmente, são sistematicamente injustiçadas, no mesmo patamar que os trabalhadores imigrantes”.
“A nossa vocação como trabalhadores cristãos é desenvolver e organizar uma sociedade em que cada pessoa possa viver e trabalhar com dignidade com todos os outros. Estamos convencidos de que uma política ao serviço da democracia e dos seus direitos fundamentais baseia-se na vontade de compromisso, capacidade de integração e vontade de superar a oposição política e as divisões culturais”, acrescentam os trabalhadores cristãos na mensagem.
No âmbito do Dia Internacional pelo Trabalho Digno, a LOC/MTC promove uma conferência online sobre o tema 'Trabalho digno por uma sociedade humanizada', com a participação de Mafalda Troncho, directora da Organização Internacional do Trabalho em Lisboa, Miguel Fontes, ex-secretário de Estado do Trabalho, e Roberto Mariz, bispo auxiliar do Porto.
Texto: ALVORADA com agência Lusa