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Papa Francisco nomeia D. Nuno Isidro e D. Alexandre Palma como bispos auxiliares do Patriarcado de Lisboa

D. Nuno e D. Alexandre 2024

O Papa Francisco nomeou hoje, como bispos auxiliares de Lisboa, D. Nuno Isidro e D. Alexandre Palma, membros do clero do Patriarcado, informou a Nunciatura Apostólica em nota enviada à Agência ECCLESIA.

D. Nuno Isidro Nunes Cordeiro, de 59 anos, é vigário-geral do Patriarcado de Lisboa, desde 2011, e director espiritual do Seminário dos Olivais desde 2017, além de membro nato do Conselho Presbiteral. O novo bispo disse hoje assumir o cargo como um “dom para o serviço” e não “como honra humana”. O novo bispo é natural de A-dos-Cunhados, no concelho de Torres Vedras, tendo sido ordenado padre a 1 de Julho de 1990. “Certamente não corresponderei às expectativas acerca da minha pessoa para o governo desta porção do povo de Deus, mas procurarei, sobretudo, ser presença do amor de Deus para cada pessoa, em obediência ao mandato de Cristo”, diz o novo bispo numa mensagem hoje divulgada após ser conhecida a sua nomeação.

D. Alexandre Coutinho Lopes de Brito Palma, de 45 anos, tinha sido nomeado a 31 de Maio como presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023. O novo auxiliar lecciona na Universidade Católica Portuguesa, onde é professor auxiliar e vice-director da Faculdade de Teologia; desde 2012, é prefeito no Seminário dos Olivais e pertence ao Conselho Presbiteral por escolha do Patriarca de Lisboa. Também numa mensagem divulgada hoje, D. Alexandre Palma, natural de Lisboa, diz pretender “dar um testemunho alegre, descomplexado, atraente da (…) ” e contribuir para a construção de uma “sociedade mais justa”.

A ordenação episcopal de D. Nuno Isidro e D. Alexandre Palma vai ter lugar no dia 21 de Julho, às 16h00, na Igreja de Santa Maria de Belém, Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.

Os responsáveis passam a integrar a equipa episcopal de Lisboa, com o patriarca D. Rui Valério e D. Joaquim Mendes, bispo auxiliar.

Numa saudação divulgada após o anúncio das nomeações, D. Rui Valério destaca que aos dois novos bispos auxiliares são “pastores dedicados e próximos do santo povo de Deus”. Segundo o patriarca de Lisboa, D. Nuno Isidro e D. Alexandre Palma trazem à diocese “o cunho da sua vocação de serviço a Cristo e à Igreja. Em cada um dos novos bispos auxiliares confluem qualidades excepcionais, que enriquecerão a caminhada cristã das paróquias, comunidades e todas as realidades sociais, culturais e humanas do Patriarcado”.

O responsável manifesta a sua gratidão ao Papa Francisco, por estas nomeações, sinal do “o cuidado que permanentemente tem” com o Patriarcado de Lisboa. “No rescaldo do entusiasmo que a Jornada Mundial da Juventude trouxe à nossa diocese, eis que ele designa dois trabalhadores para que, nesta vinha do Senhor, alcancemos a plenitude das medidas e dos critérios de Jesus Cristo”, declara.

O Patriarca de Lisboa convida a um trabalho conjunto numa diocese que “está a caminhar ao ritmo da sinodalidade” e “faz do desafio missionário o seu pão quotidiano”. “A nossa diocese, o Patriarcado de Lisboa, que se encaminha a passos largos para a festa da esperança que o ano jubilar nos irá proporcionar. Caro D. Nuno Isidro, caro D. Alexandre Palma: parabéns, bem-vindos!”, conclui.

D. Rui Valério foi nomeado por Francisco a 10 de Agosto de 2023, sucedendo no cargo a D. Manuel Clemente, que apresentou a sua renúncia ao Papa, após ter atingido o limite de idade (75 anos) determinado pelo Direito Canónico para o exercício do ministério. Em entrevista à Agência ECCLESIA, emitida esta quarta-feira, o Patriarca de Lisboa admitia que estes 10 meses de missão tinham sido “intensos” e sublinhava a necessidade de contar com “uma equipa completa de bispos auxiliares”. “As comunidades estão habituadas a uma cultura de uma proximidade. O bispo faz parte, o que é muito bom, porque significa que é uma forma indirecta de prosseguir na chamada sinodalidade”, justificava.

Lisboa, onde a presença da Igreja remonta aos primeiros séculos do Cristianismo, foi elevada a metrópole eclesiástica, em 1393; em 1716 o Papa Clemente XI elevou a capela real a basílica patriarcal, ficando a antiga diocese dividida em duas até 1740, ano em que foi reunificada. Sucederam-se até hoje 18 patriarcas, de D. Tomás de Almeida a D. Rui Valério.

Texto: ALVORADA com agência Ecclesia
Fotografia: Agência Ecclesia