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Bruxelas lança mecanismo para atrair 'talentos' para regiões necessitadas

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A Comissão Europeia lançou hoje um ‘Mecanismo para promover os talentos’ com o objectivo de captar pessoas capacitadas para regiões da União Europeia (UE) afectadas por declínio populacional.

O executivo comunitário sublinha em comunicado que “a Europa tem talento”, mas que este tem de ser estimulado principalmente “nas regiões afectadas por uma diminuição da mão-de-obra e uma baixa percentagem de diplomados do ensino superior, bem como nas regiões afectadas pela partida dos jovens”.

A Comissão Europeia considera ser “crucial fazer com que as regiões que enfrentam a estagnação do desenvolvimento de talentos se tornem mais resilientes e atractivas”.

O ‘Mecanismo para promover os Talentos’ hoje lançado irá "ajudar as regiões da UE afectadas pelo declínio acelerado da sua população em idade activa a formar, reter e atrair as pessoas, as aptidões e as competências necessárias para fazer face ao impacto da transição demográfica”.

Um dos pilares deste mecanismo serão os programas da Política de Coesão, nomeadamente no âmbito da inovação e do emprego. “De todos os desafios ao desenvolvimento, a estagnação do desenvolvimento de talentos é uma das mais preocupantes, uma vez que priva as nossas regiões dos seus melhores e mais brilhantes elementos. A Política de Coesão, com a sua abordagem de base local, pode funcionar como um catalisador para ajudar as regiões a reter, desenvolver e atrair talentos”, disse a comissária europeia da Coesão e Reformas, Elisa Ferreira.

Segundo dados da Comissão, os Estados-membros da UE enfrentam um declínio acentuado da sua população em idade activa, que recuou 3,5 milhões de pessoas entre 2015 e 2020, e prevê-se que venha a perder mais 35 milhões de pessoas até 2050.

Um total de 82 regiões de 16 Estados-Membros (que representam quase 30 % da população da UE) são gravemente afectadas por este declínio da população em idade activa, por uma baixa percentagem de diplomados universitários e do ensino superior ou por uma mobilidade negativa da sua população com idades compreendidas entre os 15 e os 39 anos.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Paulo Ribeiro/ALVORADA (arquivo)