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Ambientalistas exigem em Bruxelas fim da pesca de arrasto de fundo

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Organizações não-governamentais de ambiente exigiram hoje em Bruxelas medidas para acabar com a pesca de arrasto de fundo nas zonas marinhas protegidas.

As organizações entregaram ao comissário europeu das Pescas, Costas Kadis, uma petição assinada por 250.000 pessoas, que pedem o fim daquela técnica de pesca, contestada pelo impacto ecológico destrutivo. A técnica, um tipo de pesca industrial, consiste em arrastar uma rede pelo fundo do mar que recolhe tudo indiscriminadamente, destrói os ecossistemas do fundo marinho e provoca dispersão de sedimentos que podem ter impactos negativos nas zonas adjacentes. Os ambientalistas estão também a pressionar o executivo comunitário, criticando o que consideram falta de medidas concretas para os oceanos.

A Comissão Europeia deverá apresentar o 'pacto para os oceanos' dentro de três semanas, a 4 de Junho, que irá depois defender na Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, que decorre em Nice, sudeste de França, de 9 a 13 de Junho. Uma versão preparatória do plano foi divulgada na segunda-feira e várias organizações não-governamentais, incluindo a 'Surfrider', a WWF, a 'ClientEarth' e a Oceana, manifestaram uma “profunda preocupação”. “Embora o documento refira progressos na aplicação das leis existentes, não tem quaisquer acções concretas para responder às ameaças mais urgentes à vida marinha e à biodiversidade, afirmam as organizações. É muito decepcionante sobre as zonas marinhas protegidas, acrescentou Nicolas Fournier, membro da Oceana, em declarações à agência de notícias AFP. “Esperamos que, dentro de algumas semanas, a comissão reveja um pouco o documento e seja mais ambiciosa, nomeadamente sobre a questão da pesca de arrasto.

O executivo europeu sublinhou que o texto do pacto do oceano é ainda uma versão de trabalho, longe de estar finalizada. O documento apresentado na segunda-feira inclui promessas de revisão da legislação actual sobre o ambiente marinho e de reforço do sistema de controlo da poluição.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Paulo Ribeiro/ALVORADA (arquivo)