Pesquisa   Facebook Jornal Alvorada

Assinatura Digital

Ucrânia: Turismo do Centro destaca condições do sector para empregar refugiados

TCP 1

O presidente da Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, disse hoje que as empresas do sector estão “na linha da frente” para empregar refugiados da guerra na Ucrânia. Esta entidade é responsável pela promoção turística dos 100 concelhos do centro do país, entre os quais os 12 municípios do Oeste, onde está incluído o concelho da Lourinhã. “A actividade turística, na região Centro e em Portugal, estará na linha da frente, sendo também solidária como indústria da paz”, declarou Pedro Machado à agência Lusa.

Realçando que o turismo “é seguramente a indústria mais apta” a receber trabalhadores de outros países, o líder da Entidade Regional de Turismo do Centro disse que ainda "não existe nenhum levantamento feito” quanto ao número de empresas disponíveis para isso na região e à capacidade de cada uma para empregar refugiados ucranianos. “O turismo é hoje uma das actividades com maior necessidade de recursos humanos”, referiu, salientando que o sector em Portugal já emprega actualmente indianos, paquistaneses e cidadãos de outros países asiáticos.

A indústria do turismo “é hoje o mais abrangente e democrático dos sectores da economia” portuguesa, também porque compreende atividades que “vão do litoral ao interior”, contribuindo para reforçar a coesão territorial, defendeu Pedro Machado. Na sua opinião, “é obviamente um dado adquirido” que o turismo reúne “condições para integrar fácil e rapidamente” imigrantes e pessoas que fogem à guerra e procuram segurança e trabalho em Portugal.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de Fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 406 mortos e mais de 800 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de dois milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

Texto: ALVORADA com agência Lusa