IPMA actualiza permissão de captura de moluscos bivalves vivos na costa Oeste e Lagoa de Óbidos
- Economia
- 08/02/2022 11:54
A classificação das zonas de produção de moluscos bivalves vivos no continente foi actualizada pelo IPMA - Instituto Português do Mar e da Atmosfera, tendo em conta os resultados das acções de monitorização microbiológica e química. Na área da Capitania de Peniche e até ao Cabo Raso (Cascais), há uma situação de “permissão parcial de apanha e captura”, estando interdita a apanha da lapa devido ao contaminante químico cádmio, mas está aberta a apanha do mexilhão e do ouriço do mar. Já quanto à Lagoa de Óbidos, está aberta a captura da amêijoa, amêijoa-japonesa, amêijoa-macha, amêijoa-relógio, berbigão, longueirão e mexilhão.
Segundo despacho hoje publicado, o IPMA, tal como no ano passado, proíbe a apanha de lambujinha na zona de produção do estuário do Rio Tejo, a jusante e a montante da Ponte Vasco da Gama, devido a "elevados teores" de chumbo, mas permite a jusante a apanha e venda de amêijoa-japonesa, berbigão, mexilhão e pé-de-burro.
Na tabela das zonas de produção do Litoral Figueira da Foz - Nazaré (L4) e Litoral Aveiro (L3), nomeadamente, o IPMA inscreve o termo “todas as espécies”, referindo-se às espécies que constam do comunicado de apanha e comercialização de moluscos bivalves, equinodermes, tunicados e gastrópodes marinhos vivos, emitido regularmente pelo IPMA.
Este comunicado mais actualizado, emitido segunda-feira pelo IPMA, proíbe a apanha e comercialização na Figueira da Foz - Nazaré de amêijoa-branca, conquilha e mexilhão, devido a biotoxinas.
Na zona Litoral Aveiro já permite a apanha de amêijoa-branca e castanhola, mas interdita a de conquilha, longueirão e mexilhão.
Parte da zona de produção Ria Formosa Olhão, a zona 3, mantém a proibição de apanha e comercialização de amêijoa-boa, berbigão, longueirão e mexilhão.
O despacho do IPMA é publicado anualmente, actualizando a delimitação da produção nas zonas litorais de Portugal continental, como as de Viana, Matosinhos, Aveiro, Figueira da Foz e Nazaré, e nas zonas estuarinas e lagunares, como a ria de Aveiro, estuários do Lima e do Mondego e Lagoa de Óbidos.