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COVID-19: Grupo Valouro com quebras nas vendas e nos preços da carne de aves mas reforçou quadro de pessoal

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O Grupo Valouro, que reclama a liderança do sector alimentar avícola em Portugal, está a registar quebras de 20% nas vendas, motivadas pelo impacto da crise sanitária provocada pelo novo coronavírus, revelou hoje o presidente do conselho de administração do grupo empresarial lourinhanense. José António dos Santos afirmou à agência Lusa que, desde o início do mês de Abril, o grupo regista uma quebra nas vendas de carne de aves e de produtos transformados "devido ao encerramento dos restaurantes e à crise na hotelaria". Por toda a produção não ter escoamento para o mercado, o grupo tem vindo a "congelar desde há várias semanas" parte da produção. Os preços também "baixaram 30 a 40%".

Apesar das quebras, José António dos Santos disse hoje que não tem planos para redução do número de trabalhadores, estando pelo contrário a recrutar em alguns sectores para colmatar os funcionários que continuam em casa a cuidar dos filhos, na sequência do encerramento das escolas. Em resultado da diminuição de novos doentes e dos planos de redução do confinamento em alguns países, o grupo lourinhanense conseguiu retomar as exportações na semana passada.

Em meados de Março, aquando do início da pandemia em Portugal, o Grupo Valouro registou um aumento de 30% na produção para responder à procura, sobretudo dos supermercados. Nas suas fábricas, o grupo implementou várias medidas para contenção da pandemia entre os seus 2.800 trabalhadores, distribuídos por várias unidades do país, entre as quais a obrigatoriedade de medir a temperatura de cada um à saída das instalações, além do uso generalizado de máscaras e desinfectantes.

Em algumas unidades do grupo, os turnos aumentaram de dois para três para alternar os horários de trabalho e evitar uma maior concentração de trabalhadores e foram adoptadas distâncias mínimas entre trabalhadores. A fábrica da Avibom e a empresa Valouro, ambas no concelho de Torres Vedras, possuem, respectivamente, 280 e 140 trabalhadores e são as unidades do grupo com maior número de funcionários.

Texto: ALVORADA com agência Lusa
Fotografia: Sofia de Medeiros/ALVORADA (arquivo)