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COVID-19: Crédito Agrícola anuncia moratórias para apoiar particulares e empresas

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O Crédito Agrícola decidiu lançar três linhas de crédito para apoiar as famílias e as empresas portuguesas neste contexto de pandemia e de Estado de Emergência que o país vive. Em comunicado enviado ao ALVORADA, o único banco cooperativo em Portugal que abrange a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Lourinhã, criou um mecanismo de moratória para os créditos regulares para particulares e empresas que permite uma carência de capital ou prorrogação do termo do prazo de pagamento até 12 meses, cumulativos entre carência e prorrogação. Esta medida é tomada “com o objectivo de ajudar a mitigar os efeitos económicos e sociais que o surto do Covid-19 está a provocar na sociedade portuguesa”.

Este instrumento de apoio é elegível para os clientes que estejam em situação regular com banco, abrangendo as operações de crédito à habitação, ao consumo e créditos ao investimento e tesouraria, para o caso das empresas. “O Crédito Agrícola ajustará estas condições às orientações ou decisões que vierem a ser tomadas pelas autoridades legislativas ou regulatórias, europeias ou nacionais”, afirma a instituição.

Adicionalmente e para apoiar as empresas neste período especialmente conturbado, o Crédito Agrícola lançou ainda a Linha de Crédito de Apoio Especial - Fundo Maneio, dirigida a empresas e a empresários em nome individual, acessível a todo o tipo de empresas nacionais com necessidade de liquidez na actual conjuntura, com o objectivo de pagamento de salários, encargos com a manutenção da atividade, pagamento a fornecedores, e com um montante máximo de financiamento até 100 mil euros.

O Crédito Agrícola associou-se ainda ao Estado Português e ao Sistema Nacional de Garantia Mútua na Linha de Crédito Capitalizar 2018 COVID-19 com um montante global de 200 milhões de euros e com um limite de financiamento de 1,5 milhões de euros por empresa e por linha específica.

Para os particulares, foi lançada a Linha de Crédito de Apoio Especial Pessoas Singulares para fazer face aos encargos que tendem a aumentar, seja por despesas de saúde, seja pela contingência de passar a ficar em casa, “com as despesas acrescidas que daqui, naturalmente resultam e os rendimentos serem reduzidos”.

“No momento de pandemia que o país e o mundo atravessam, o CA recomenda sempre que possível a utilização dos canais digitais como meio preferencial de contacto entre os clientes e as suas agências”, concretiza o comunicado do Crédito Agrícola.

Caixa Agrícola da Lourinhã decidiu medidas de apoio aos clientes

Recordamos que a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Lourinhã decidu, esta segunda-feira, isentar as comissões de manutenção de conta à ordem respeitantes a três meses, bem como as rendas dos POS (terminais de pagamento automático) referentes aos meses de Março, Abril e Maio.

O Conselho de Administração da cooperativa bancária lourinhanense, presidido por José António dos Santos, decidiu também disponibilizar um período de carência de capital e/ou juros até seis meses, bem como a prorrogação do prazo dos financiamentos em curso, “mediante solicitação escrita com fundamentação na previsível escassez de liquidez e sujeita a aprovação”, pode ler-se na comunicação enviada ao ALVORADA.

Estas decisões, segundo a CCAML, têm em linha de conta “a situação de emergência nacional e a actual conjuntura” e surgem no seguimento do "apoio que sempre prestou aos seus associados e clientes”.

Recorde-se que, no âmbito da prevenção e de mitigação da pandemia provocada pelo vírus Covid-19, a instituição lourinhanense considera que se mostrou “necessário introduzir algumas alterações, previsivelmente de carácter temporário, para o desenvolvimento da actividade comercial e funcionamento das agências da rede Crédito Agrícola”. Nesse sentido, a cooperativa bancária lourinhanense resolveu encerrar as agências da Moita dos Ferreiros, Marteleira, Atalaia, Cabeça Gorda, Vimeiro, Paço e Ventosa. Permanecem em funcionamento as agências da Lourinhã (2), Reguengo Grande e Ribamar.

Em comunicado enviado ao ALVORADA, a instituição informa que a admissão dos clientes passou a ser controlada, “limitando o número de acessos dos clientes ao interior da agência, ao número de colaboradores disponíveis para o seu atendimento”. Deve-se manter a distância física recomendada, “evitando contacto físico”.

A CCAML recomenda a utilização dos canais electrónicos do Crédito Agrícola (Multibanco, balcão 24, ‘on-line’ e CA Mobile) que se encontram à disposição, sempre que possível, dos clientes.

Texto: ALVORADA