GP Internacional de Torres Vedras: Rui Vinhas bate Henrique Casimiro ao ‘sprint’
- Desporto
- 13/07/2019 19:22
Rui Vinhas (W52-FC Porto) venceu hoje a segunda etapa do Grande Prémio Internacional de Torres Vedras - Troféu Joaquim Agostinho, uma ligação de 152,7 quilómetros entre Atouguia da Baleia e Torres Vedras. Gustavo César Veloso (W52-FC Porto) mantém a camisola amarela. A chegada, após cinco voltas ao circuito torriense, foi discutida a dois, com Rui Vinhas a impor-se diante de Henrique Casimiro (Efapel), ao cabo de 3h57m58s. O pelotão registou um atraso de três segundos, sendo encabeçado por Jaume Sureda (Burgos BH).
Após um início de corrida movimentado por diferentes tentativas de fuga, foi um grupo de sete homens que se estabeleceu em cabeça de corrida, já dentro da primeira volta ao circuito de Torres Vedras. Hugo Nunes (Rádio Popular-Boavista), António Ferreira (Vito-Feirense-PNB), Miguel Salgueiro (Sicasal/Constantinos), Clint Hendricks (ProTouch), Antonio Soto (Equipo Euskadi), Guillaume Almeida e Micael Isidoro (BAI Sicasal Petro de Luanda) foram os animadores de serviço.
As dificuldades do percurso foram provocando baixas no grupo da cabeça de corrida, que foi perdendo unidades. Atrás, a W52-FC Porto teve o ‘sangue-frio’ de deixar a vantagem ultrapassar os quatro minutos sem pegar na corrida. A Efapel decidiu assumir as despesas da perseguição e tornou a fuga inofensiva para as contas da geral. Já na última das cinco voltas ao circuito, o ‘comboio’ ovarense anulou por completo a fuga, que teve em António Ferreira o mais resistente.
Óscar Hernández (Aviludo-Louletano), vencedor do Circuito de Torres Vedras em 2018, ainda tentou repetir a façanha, mas o poderio da W52-FC Porto e da Efapel frustraram a iniciativa, na derradeira escalada da Serra da Vila, a pouco mais de três quilómetros da chegada.
As duas equipas mais representadas no ‘top’ 10 desferiram vários ataques, que permitiram colocar em frente de corrida Henrique Casimiro, Rui Vinhas e Edgar Pinto (W52-FC Porto). Na descida para a meta, Edgar Pinto cai e perde a possibilidade de lutar pela vitória, que seria discutida entre Vinhas e Casimiro, com vitória do ciclista portista.
“Foi uma etapa muito atacada, na qual a equipa que luta pelas metas volantes [Alecto Cyclingteam] e a Efapel controlaram parte da corrida. A última volta foi muito endurecida e nós levámos a melhor, vencendo a etapa. Queríamos vencer a etapa e ganhar algum tempo aos adversários. Eu não era o homem da geral, queríamos que o Edgar Pinto ganhasse tempo, mas ele caiu quando vinha connosco na frente”, descreveu Rui Vinhas no final da prova.
Como a queda de Edgar Pinto aconteceu no último quilómetro, o corredor de Albergaria-a-Velha não cedeu tempo importante para as contas da geral. O colégio de comissários atribuiu-lhe o mesmo tempo do pelotão principal - mais três segundos do que os dois primeiros da etapa - pois considerou que, em descida, com o pelotão estirado, existia uma situação de pelotão compacto e não de fuga consolidada.
Contas feitas, Gustavo César Veloso parte para a última etapa da corrida no topo da geral individual, mas tem Henrique Casimiro a apenas 8 segundos. O terceiro, a 13 segundos, é Samuel Caldeira (W52-FC Porto).
Está tudo em aberto para a etapa-rainha, a disputar neste domingo, ao longo de 179,3 quilómetros, entre a Foz do Arelho (11h45) e o alto de Montejunto (16h00), com a meta a coincidir com um prémio de montanha de primeira categoria. No ano passado, o vencedor no alto foi Henrique Casimiro.
“Estamos a fazer uma grande corrida e está tudo em aberto para amanhã. Estamos a mostrar a união que sempre tivemos neste colectivo. O Montejunto é que será o juiz da corrida. Não posso dizer-me confiante, quando temos rivais tão duros como os nossos. Mas sei que a equipa vai fazer um excelente trabalho e que todos vamos fazer o melhor para levar a camisola amarela para casa”, acredita Gustavo César Veloso.
A W52-FC Porto continua também na dianteira por equipas, Jaume Sureda (Burgos BH) é o primeiro por pontos e na juventude, Clint Hendricks (ProTouch) assumiu o comando da montanha em igualdade pontual com Micael Isidoro e René Hooghiemster (Alecto Cyclingteam) reforçou a primazia na geral das metas volantes.