Ténis: Gastão Elias ganha pela primeira vez ‘Challenger’ português no ‘Oeiras Open 4’
- Desporto
- 30/05/2021 22:23
Gastão Elias fechou com chave de ouro a sétima e última semana de ténis internacional no concelho de Oeiras ao sagrar-se campeão do ‘Oeiras Open 4’, torneio do ATP Challenger Tour que a Federação Portuguesa de Ténis organizou no Complexo Desportivo do Jamor, no concelho de Oeiras, e que marcou o regresso do lourinhanense, de 30 anos, aos títulos neste circuito pela primeira vez desde 2017.
A jogar a segunda final em quatro torneios no Jamor, o tenista da Lourinhã (292.º do ranking ATP) sobreviveu a 2h46 de encontro e derrotou o jovem dinamarquês Holger Rune (313.º) por 5-7, 6-4 e 6-4 numa final dramática, mas entusiasmante e extremamente bem disputada de parte-a-parte.
“Quartos-de-final, meias-finais, final e agora campeão… Era o que eu desejava para esta semana e estou muito feliz por acabar assim esta série de torneios”, afirmou no final do encontro aos jornalistas, ao recordar os resultados que atingiu ao longo das quatro semanas de ATP Challenger Tour no Jamor. “Sinto-me bastante bem por sair com a vitória num jogo que senti que se estava a complicar muito. Podia ter sido mais simples se eu tivesse aproveitado os momentos iniciais dos ‘sets’, mas acabou por ter um desfecho tenso e complicado”, acrescentou sobre o duelo deste domingo. “Ontem ele teve cãibras e eu sabia que se conseguisse fazer com que os pontos fossem mais compridos e intensos, dando-lhe menos tempo para respirar, o jogo podia acabar para o meu lado. Mas ele foi capaz de se impor sobre esse meu estilo de jogo e foi muito agressivo e forte no início das jogadas, o que me complicou a vida”, destacou.
Com a vitória deste domingo, Gastão Elias conquistou o oitavo título da carreira no ATP Challenger Tour (primeiro desde Outubro de 2017), igualando os registos dos compatriotas Rui Machado e Pedro Sousa e selando uma das metas que tinha definido: “Nunca tinha tido a oportunidade de desfrutar de um título como este em Portugal. Já tinha tido algumas vitórias muito boas e talvez até mais emocionantes, mas não deixa de ser um título e um torneio relativamente grande, portanto fico muito feliz. Já andava a querer conquistar um destes em Portugal há algum tempo”.
Quanto a Holger Rune, aos 18 anos o tenista dinamarquês (que é considerado uma das grandes promessas da nova geração) fez história no ‘Oeiras Open’, ao disputar os primeiros quartos-de-final, as primeiras meias-finais e a primeira final no ATP Challenger Tour. E, apesar da derrota, despediu-se do Jamor com uma análise positiva: “Só posso estar feliz porque joguei bom ténis e joguei a minha primeira final. Claro que estou desiludido por perder 6-4 no terceiro ‘set’, estive muito perto e com muitas oportunidades, mas isto é ténis, ambos merecíamos ganhar, mas só pode haver um vencedor”. Com a estreia no ‘top’ 300 garantida (será 291.º), o dinamarquês acrescentou que “a questão física fez a diferença. Joguei encontros mais longos do que ele nos últimos dias e, além disso, ele está em casa, está mais habituado e isso tornou o nível dele melhor. Foram pequenos pormenores a fazer a diferença, até porque tive algumas oportunidades no terceiro ‘set’ para me adiantar para 3-1”.
O ‘Oeiras Open 4’ foi o quarto torneio do ATP Challenger Tour organizado entre os meses de Março e Maio pela Federação Portuguesa de Ténis, que também levou avante três provas do circuito internacional feminino. Findado este período de ténis ao mais alto nível, o responsável federativo, Vasco Costa, fez um balanço e partilhou as impressões que recebeu: “A Federação Portuguesa de Ténis organiza estes torneios para que os jogadores consigam somar o máximo de pontos possível e ter um português a conseguir a última vitória é bastante gratificante. O ‘feedback’ da ATP e da ITF foi fantástico, ficaram muito entusiasmados com a nossa organização e aproveito para dar os parabéns a todos os que contribuíram para estes torneios”.