Ténis: Gastão Elias travado nos quartos-de-final do ‘ATP Challenger 125 Oeiras Open’
- Desporto
- 21/05/2021 09:50
Terminou esta quinta-feira a representação portuguesa no quadro principal de singulares do ‘ATP Challenger 125 Oeiras Open’, o maior torneio a acontecer em Portugal logo a seguir ao Millennium Estoril Open. O lourinhanense Gastão Elias, juntamente com os compatriotas Pedro Sousa e Nuno Borges, foram eliminados nos quartos-de-final da competição em singulares.
O primeiro a entrar em acção foi Nuno Borges. A atravessar a melhor fase da carreira, o jogador da Maia partiu em busca de mais um triunfo notável, mas perdeu nos detalhes para o bem mais experiente Facundo Bagnis, argentino que fez jus à típica resistência sul-americana para vencer por 6-1, 5-7 e 7-5.
Logo a seguir, o novo número um português no ‘ranking’ ATP, Pedro Sousa (ultrapassará o compatriota João Sousa na segunda-feira), não conseguiu reunir argumentos para resistir ao francês Hugo Gaston (151.º) e perdeu pelos parciais de 6-3, 1-6 e 6-2 ao fim de 1h31, num encontro em que cometeu demasiados erros não forçados e mostrou alguma desorientação em momentos decisivos, o que fez com que mesmo depois de vencer o segundo ‘set’ não conseguisse aproveitar o balanço para lutar por outro resultado, desperdiçando oportunidades de ‘break’ ao 0-0, ao 0-2 e ao 2-4 do derradeiro parcial.
Facundo Bagnis e Hugo Gaston vão medir forças na primeira meia-final, marcada para as 13h00 desta sexta-feira, enquanto na segunda vão estar frente-a-frente o japonês Taro Daniel (112.º ATP), que derrotou o boliviano Hugo Dellien por 6-1, 3-6 e 6-1, e Carlos Alcaraz (114.º).
Com apenas 18 anos, o jovem prodígio espanhol voltou a brilhar no ‘court’ central do Complexo Desportivo do Jamor. Desta vez, colocou um ponto final na caminhada do lourinhanense Gastão Elias (313.º), com 7-5 e 6-4, com uma prestação que mereceu muitos elogios do tenista da Lourinhã.
“Já joguei contra jogadores melhores, mas deixam jogar mais do que este miúdo. Ele é muito intenso e tem muita qualidade técnica. Nunca joguei contra uma pessoa tão nova com um nível tão alto. Mesmo no topo do ‘ranking’ há poucos jogadores a bater tão forte na bola, com tanta intensidade, inteligência e frieza. Não dá tempo para jogar, tem uma direita como poucas e mesmo a esquerda não é tão boa, mas tira muito tempo e faz tudo com ela. Para além do serviço potente é muito sólido na resposta, nunca fiquei tão impressionado com alguém desta idade”, explicou o tenista, ex-‘top’ 60 do ‘ranking’ ATP.
Sobre o duelo, Gastão Elias não sentiu alguma desilusão por não ter obtido outro resultado: “Nalguns momentos ele conseguiu ser muito mais agressivo do que eu e isso deixou-me um pouco desamparado e sem saber o que fazer. Não conseguia imprimir o meu ritmo e o meu estilo de jogo. Liderei por 5-2 no primeiro ‘set’ e se fecho a 5-3 poderia ter sido diferente. Um jogador destes solta-se mais depois de passar para a frente e fica mais perigoso. Também senti muito a troca de bolas. Até ao 5-2 o jogo estava lento e isso estava a favorecer-me, com a troca de bolas ficou muito mais rápido e tive mais dificuldades em manter o meu estilo de jogo porque o serviço dele começou a fazer muita mossa. O ‘kick’ é muito ofensivo e isso com as bolas novas favoreceu muitos os inícios de jogada, eu falhei ali uns primeiros serviços e ele agarrou a iniciativa”.