Ténis: Gastão Elias defronta Nuno Borges na meia-final do ‘Oeiras Open 2’
- Desporto
- 09/04/2021 22:48
O tenista lourinhanense Gastão Elias (323.º do ranking ATP) vai enfrentar o compatriota Nuno Borges (378.º) nas meias-finais de singulares da segunda edição do ‘Oeiras Open’, contra quem venceu dois dos três encontros que disputou no circuito internacional, sempre em piso rápido.
Este jogo do ATP Challenger 50 organizado pela Federação Portuguesa de Ténis no Complexo Desportivo do Jamor, será o primeiro evento da história deste circuito a contar com a presença de três tenistas lusos na penúltima ronda. Nuno Borges e Gonçalo Oliveira (296.º) qualificaram-se, esta sexta-feira, para as meias-finais de singulares do Oeiras Open, juntando-se a Gastão Elias.
Dois dias depois de se qualificar pela primeira vez para os quartos de final, Nuno Borges levou a melhor perante o francês Manuel Guinard (324.º) em três partidas, por 6-3, 3-6 e 6-3, para continuar a fazer história pessoal na terra batida do Jamor. “Estou muito feliz, foi mais um desafio superado. Foi um encontro de altos e baixos e estou contente por ter saído por cima”, começou por dizer o maiato de 24 anos, antes de tecer algumas considerações sobre o adversário gaulês: “Entrou de repente no jogo no final do primeiro set, com mais crer, e eu se calhar não acompanhei bem a mudança do nível dele. Senti que podia ter ganho o segundo set, mas fiz umas asneiras no final. Depois preocupei-me em entrar bem no terceiro". “Tenho de tentar ao máximo fazer o meu jogo, estar por cima dele e tentar tirar o que ele gosta de fazer e aplicar o que eu gosto de fazer”, anteviu, sem querer adiantar muito, antes de elogiar o compatriota. “Ele representa mais para mim agora do que antes. Antigamente via o ténis um bocadinho de longe, agora percebo onde é que ele já chegou, o topo do topo, mas passar por tudo o que ele passou, lesões, perder o ‘ranking’ todo e voltar ao zero e depois voltar a construir tudo do zero, meter-se outra vez a jogar ITF’s e ‘Challengers’, tudo isso não é nada fácil. O Gastão é um exemplo para todos nesse aspecto”, destacou o jovem tenista.
Depois de Gastão Elias, que avançou ainda na véspera, e de Nuno Borges, também Gonçalo Oliveira garantiu a presença nas meias-finais do ‘Oeiras Open’, ao derrotar o penichense Tiago Cação (551.º) em duas partidas, com os parciais de 7-5 e 6-2. O encontro desta sexta-feira foi o segundo da história entre os dois portugueses, que já não estavam frente-a-frente desde 2016, e teve como factor decisivo o primeiro parcial, que Oliveira venceu em 75 minutos e após salvar nove dos 10 pontos de ‘break’ que enfrentou.
“Senti que estava por cima e que o ‘set’ ia ser meu, porque estava a dominar os pontos, mas não consegui aproveitar os ‘break points’ que tive e foi aí que me fui um bocado abaixo. Tentei ao máximo manter-me em jogo, mas as minhas pernas pesaram demasiado e deixei de conseguir ter a mesma atitude e a mesma energia. A minha bola começou a ficar mais confortável para ele comandar o ponto e depois foi tudo uma bola de neve”, analisou o jovem natural de Peniche sobre a fase decisiva do encontro.
Já Gonçalo Oliveira não escondeu as dificuldades físicas após o triunfo. “Sinto-me com muitas dores de costas e espero estar bem para amanhã. Tive de gerir o esforço durante todo o encontro, tive de encontrar momentos de ser forte e outros em que esperei que o Tiago relaxasse e desse pontos de graça. Estou feliz com o resultado final e parabéns ao Tiago porque foi um jogo difícil”, começou por dizer, antes de abordar o encontro deste sábado frente a Pedro Cachin (336.º), que superou Gian Marco Moroni por 6-3, 2-6 e 6-4: “Nunca jogámos, mas somos amigos há muitos anos e conheço-o muito bem. Ele é um grande jogador e já esteve perto do top 100. Infelizmente teve lesões. É um bom rapaz e só espero poder aparecer com algumas energias para aguentar o encontro. Não vou fazer absolutamente nada até ao jogo de amanhã. Acordem-me antes do jogo, se faz favor (risos)”.
Para além das meias-finais históricas, por serem as primeiras de sempre no ATP Challenger Tour a contar com a presença de três tenistas portugueses, a jornada de sábado também ficará marcada pela final de pares, que terá jogadores 'da casa' em acção: Nuno Borges e Francisco Cabral venceram Nick Chappell e Vladyslav Orlov, por 6-2 e 6-1, e qualificaram-se pela primeira vez para uma decisão desta importância.
À procura do sétimo título lado a lado em torneios internacionais, os dois portugueses - campeões nacionais em título na variante - vão ter pela frente Pavel Kotov e Chun-hsin Tseng, da Rússia e do Taipé, respectivamente.