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Subsolo da zona envolvente à Igreja de Santa Maria do Castelo vai ser estudado

Colóquio D Lourenço Vicente 1

A Câmara Municipal da Lourinhã tem em fase final de adjudicação um estudo geofísico à zona envolvente da Igreja de Santa Maria do Castelo, para analisar o terreno a uma profundidade de três a quatro metros. O objectivo é perceber o que poderá existir no subsolo, nomeadamente do ponto de vista arqueológico, correspondendo assim a um desejo já manifestado anteriormente pelo Centro de Estudos Históricos da Lourinhã.

O anúncio foi feito pelo vereador João Serra na sessão de encerramento do colóquio ‘D. Lourenço Vicente: Memória(s) e Representações’, que decorreu ao longo deste sábado no auditório do Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira, na Lourinhã. Os trabalhos vão decorrer em breve e os resultados ajudarão o executivo camarário a decidir que tipo de intervenção será executado no âmbito das obras de requalificação urbana que deverão ser realizadas pela edilidade no próximo ano.

O colóquio deste sábado abordou vários aspectos da vida D. Lourenço Vicente, religioso que nasceu em 1332 e morreu em 1397. Amigo e defensor de D. João, Mestre de Avis, tornou-se Arcebispo de Braga e donatário da Lourinhã, onde terá mandado edificar a Igreja de Santa Maria do Castelo, construída nos finais do século XIV, em estilo gótico, tendo sido classificada como Monumento Nacional em 1922.

Foram várias as instituições que participaram na organização desta sessão: Centro de Estudos Históricos da Lourinhã, Instituto Alexandre Herculano da Universidade de Lisboa, Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica, Instituto de Estudos Medievais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e Instituto de Estudos de Literatura e Tradição da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

A coordenação deste encontro foi entregue a Maria Cândida Ferreira Pereira (Centro de Estudos Históricos da Lourinhã), João Luís Inglês Fontes (Universidade (Católica Portuguesa e Nova de Lisboa), Maria Filomena Andrade (Universidade Católica Portuguesa), Natália Albino Pires (Instituto de Estudos de Literatura e Tradição), João Gomes Barbosa (Universidade de Lisboa) e Teresa Faria de Sousa (Centro de Estudos Históricos da Lourinhã).

No programa constaram as seguintes comunicações: ‘D. Lourenço Vicente nas crónicas de Fernão Lopes: retrato de um homem estratego e apaixonado’ (Isabel Barros Dias); ‘D. Lourenço Vicente: presenças e ausências heráldicas’ (José António Portugal e Miguel Metelo de Seixas); ‘D. Lourenço Vicente: entre a ARS Antiqua e a ARS Nova’ (Carlos Pedro Alves); ‘Fazer-se recordar: o testamento de D. Lourenço Vicente’ (José Marques); ‘Representações literárias de D. Lourenço Vicente: a construção de uma identidade colectiva’ (Natália Albino Pires). Estava ainda prevista a intervenção ‘Um bispo ou um modelo de bispo? O episcopólogo D. Rodrigo da Cunha escreve a vida de D. Lourenço Vicente’ mas o autor, António Camões Gouveia, acabou por não estar presente na sessão.

Mais informação na próxima edição impressa do ALVORADA
Texto e fotografia: Paulo Ribeiro/ALVORADA